terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Rio Casca vive a pior enchente de sua história

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Para quem está acostumado a ouvir sobre a enchente de 1979 quando os moradores com mais de 40 anos contam sobre esse fatídico dia em que as águas do Rio Casca encostaram na ponte, não imaginavam o que iam viver nessa segunda-feira, 4 de dezembro.


O dia começou chuvoso, aproximadamente às 4 da madrugada, a chuva aumentou, mas nem em seus piores pesadelos os moradores da cidade pensariam que em pouquíssimas horas o nível do Rio Casca ia subir tanto.

O dia foi amanhecendo e a chuva não cessou, o córrego localizado na entrada da cidade não suportou o volume de água e transbordou. O Rio Casca aumentou seu nível e invadiu ruas laterais, inicialmente pouca coisa, considerado normal para um dia tão chuvoso nesta época do ano. Mas não ficou por isso não.

Em pouco tempo ruas nunca antes alcançadas pela água foram totalmente tomadas. As casas localizadas à beira do Rio Casca foram invadidas e muitas destruídas.

A água alcançou a ponte, como em 79, mas depois disso ultrapassou 4 metros.

Os comércios que ficam em sua grande maioria localizados nas avenidas principais da cidade foram tomados. Mercadorias boiavam pelas ruas e algumas foram saqueadas.

Muitas casas localizadas onde era considerado impossível da água alcançar, ficaram apenas com a ponta do telhado fora da água. Muitas pessoas salvaram apenas a roupa do corpo.

O cenário foi de guerra, a cidade estava destruída.

A energia e a água tiveram o fornecimento interrompidos. A Estação de tratamento de água da Copasa foi invadida pela água; em nota oficial, a empresa comunicou que o fornecimento foi cortado em caráter emergencial e não existe previsão para retorno. A energia só retornou no início da noite.

O parque de exposições da cidade, recentemente reformado ficou praticamente todo submerso.

A ponte no centro da cidade teve seus parapeitos arrancados pela força da água e detritos que vinham sendo carregados pela enchente. Televisores, sofás e geladeiras passavam frequentemente boiando.

O acesso á cidades vizinhas como São Pedro dos Ferros, Raul Soares e Ponte Nova foram impedidos por pontes caídas e estradas destruídas.

Choveu na cidade mais que a média esperada para todo o mês de dezembro e a previsão é de mais chuva.

A defesa civil e o corpo de bombeiros estiveram presentes e fizeram o resgate de pessoas que estavam ilhadas em suas casas.

A prefeitura anunciou que juntamente com o governo do estado já está tomando as devidas providências. Além disso recomendou que nenhum cidadão tome decisões precipitadas sem comunicar às autoridades.

Foram criados abrigos na quadra de esportes do Bairro Bela Vista e no ginásio localizado no “vulcão”.

A cidade já fragilizada pela crise, teve seu comércio destruído. Muitos provavelmente não terão condições de se reerguer.

Muitas cidades do estado estão se organizando para enviar ajuda à cidade. Agora mais que nunca a população precisa se unir para amenizar os transtornos e as perdas causadas por esta tragédia.

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Com informações do Portal Michel Online

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