segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Golpe da clonagem do WhatsApp chega à região

Empresária procurou o Portal PLOX para informar que seu irmão e os amigos dele foram lesados; confira dicas para evitar ser vítima desse crime

imageUm novo tipo de golpe, a clonagem de linhas telefônicas e WhatsApp, está se espalhando pelo país e chegou ao Vale do Aço. Pollyana Silveira, proprietária de uma loja no Shopping, procurou a redação do PLOX para relatar que seu irmão e alguns amigos dele caíram no golpe.

De acordo com a empresária, o irmão dela relatou que a linha telefônica de seu celular começou a apresentar problemas. “A linha dele é da Vivo e começou a dar fora de área, não ligava e nem recebia chamadas. Ele pensou que era um problema da operadora, de ‘queda de ‘sinal’”, disse.

Segundo o relato, um amigo que estava ao lado questionou sobre um pedido recebido via WhatsApp. “Você está procurando alguém que tenha conta no Banco do Brasil?”, ele perguntou. O irmão da empresária negou dizendo que seu celular estava desligado.

Ainda segundo os relatos, a pessoa que teria clonado o WhatsApp continuou enviando a mensagem com o pedido de depósito em diversos grupos. “Estou precisando de alguém que tenha acesso ao Internet Banking do Banco do Brasil”, diz a mensagem. Conforme as informações repassadas, quem responde à mensagem é chamado em uma conversa particular e o bandido, se passando pelo amigo da vítima, conta que está tentando realizar um depósito, porém, não consegue realizar a operação bancária via celular.

Ainda de acordo com as informações, a pessoa que responde à mensagem recebe um pedido para que seja depositado um determinado valor em uma conta e, assim que o dono conseguir resolver o problema, o dinheiro será devolvido. “É muito rápido. Em meia hora foram mais de R$ 5 mil transferidos. Como meu irmão é uma pessoa de bem, ninguém questionou. Eles ainda mandavam o comprovante do depósito”, conta

Como o golpe funciona

De acordo com as informações repassadas, o golpe teria partido de dentro da própria operadora, a partir de funcionários. “Alguém que trabalha lá cancela o chip, como a pessoa fosse trocar de aparelho. Daí o chip é cancelado e a linha do dono para de funcionar. Assim o número é configurado em um novo chip, colocado no aparelho do golpista, que passar a conversar com os contatos do verdadeiro dono da linha", narra.

Outras vítimas

Em uma matéria publicada no site UOL no início do mês, outros dois casos, dessa vez no Espírito Santo, estão sendo investigados pela Delegacia de Repressões aos Crimes Eletrônicos (DRCE). Em um dos casos, um advogado de Vitória recebeu a mensagem e foi realizar a transação, porém foi impedido pelo banco, que já tinha ciência do golpe. De acordo com a matéria, um amigo desse advogado não teve a mesma sorte e depositou R$ 900.

WhatsApp sequestrado

Pollyana contou ainda que seu irmão tentou recuperar a linha telefônica e o WhatsApp. A linha, ele conseguiu recuperar, contudo, o WhatsApp ainda está retido com o bandido. “Meu irmão perdeu o WhatsApp dele, pois o golpista cadastrou seu próprio e-mail como forma de recuperar a senha. Toda vez que ele tenta reinstalar o WhatsApp, a senha é enviada para o golpista”, declara.

Como evitar

Conforme a matéria divulgada, a DRCE orienta que os usuários do aplicativo de mensagem habilitem a autenticação em dois fatores. O WhatsApp possui duas formas diferentes para validar o acesso do usuário no serviço. A partir disso, se o usuário tiver que trocar de aparelho, uma senha de seis dígitos será necessária.

Confira como fazer:

- Entre nas configurações do aplicativo e selecione o campo "conta";
- Procure pela opção "verificação em duas etapas" e ative;
- O serviço pedirá uma senha de seis dígitos (obrigatória) e um endereço de e-mail (opcional);
-  O WhatsApp sempre pedirá essa senha quando o seu número de telefone for registrado novamente no aplicativo.

Com informações do Portal Plox

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários são moderados e não serão aceitas mensagens consideradas inadequadas.