Professores de academias são presos suspeitos de venda de anabolizantes

Segunda fase da Operação Corpo Blindado prendeu 18 pessoas; presos durante festa ocorrida no Century Hotel foram novamente conduzidos

O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desencadeou nessa quinta-feira (16) a segunda fase da Operação Corpo Blindado, que investiga a venda de drogas sintéticas no Vale do Aço e em outras cidades mineiras.

 

Segundo o Grupo, essa fase se concentrou na venda de remédios anabolizantes, popularmente conhecidos como “bombas”. Foram presas 18 pessoas, dentre eles, professores e donos de academias de Ipatinga e de outras cidades.

De acordo com o GAECO, operação ocorre simultaneamente em sete cidades mineiras: Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Caratinga, Belo Horizonte, Nova Lima e Ibirité, contando com apoio de outros órgãos da Polícia Militar e Civil. Em Ipatinga, sete pessoas foram presas, três em Timóteo e uma em Fabriciano.

“Durante o período das investigações se contatou que esses medicamentos e anabolizantes eram comercializados ilicitamente não somente em diversas academias do Vale do Aço, mas como também por pessoas que faziam o comércio clandestino como meio de vida, sendo identificadas organizações criminosas. As pessoas que vendiam também prestavam ‘consultoria’ aos usuários, onde ‘prescreviam’ a forma de se fazer o uso (popularmente conhecido como ‘ciclo’), qual produto utilizar e a dieta adequada para o tratamento”, afirma o Gaeco.

Ainda, de acordo com o Grupo, foram decretadas 27 prisões cautelares e autorizadas 41 buscas e apreensões, das quais se logrou êxito, até agora na localização e buscas que resultaram na prisão de 18 pessoas e apreensão de grande quantidade de anabolizantes e medicamentos de uso e venda controlada, porções consideráveis de cocaína e maconha, armas de fogo, munições e um carregador.

Primeira fase

Conforme noticiado no Portal PLOX, na primeira fase dessa operação, nove pessoas foram detidas durante uma festa que ocorreu em um antigo hotel no bairro Ferroviários em Ipatinga. Dentre esses presos, haviam estudantes de medicina da cidade. Nesta segunda fase, alguns dos que foram detidos na festa foram novamente conduzidos. “Alguns desses conduzidos são apontados como comerciantes de drogas sintéticas e anabolizantes e derivados”, declara o GAECO.

Defesa

O advogado criminalista Vinicius Xingó entende ser temerária e ilegal a prisão de seu cliente, C.S.N., pois, segundo ele, o mesmo estava contribuindo para as investigações e à  disposição para qualquer oitiva que fosse necessária. "Ademais, nessa terça-feira (14), a terceira câmara criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, NUMERAÇÃO ÚNICA: 0065825-58.2017.8.13.0000, por meio de três Desembargadores, isto é, por unanimidade, entendeu que C.S.N. deve responder o processo em liberdade" afirmou.

Vinicius Xingó  disse que recebeu a notícia da prisão temporária com enorme surpresa, "vez que o Tribunal de Justiça já concedeu Habeas Corpus e, assim sendo, o investigado estava contribuindo com as investigações".

Por fim, o advogado disse que medidas jurídicas serão adotadas."Em breve, tudo será esclarecido", concluiu.

Com informações do Portal Plox